sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ALENTO

Alento Violão escondido num canto é silêncio. 
Coração encolhido no peito é desprezo. 
Solidão hospedada no leito é ausência. 
A paixão refletida num pranto, ai, é tristeza. 
Um olhar espiando o vazio é lembrança. 
Um desejo trazido no vento é saudade. 
Um desvio na curva do tempo é distância. 
Um poeta que acaba vadio, ai, é destino. 
A vida da gente é mistério. 
A estrada do tempo é segredo.
 O sonho perdido é espelho. 
O alento de tudo é canção. 
O fio do enredo é mentira.
 A história do mundo é brinquedo. 
Os versos do samba é conselho. 
E tudo o que eu disse é ilusão.
Paulo Cesar Pinheiro.

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