Acredita-se
que o único remédio é adiar tudo.
É
adiar a sede, a fome, a viagem, a dívida, o divertimento, o pedido
de emprego, ou a própria alegria.
A
esperança é também uma forma de contínuo adiamento.
Os
que não têm porque esperar prestigiam a esperança, numa sala de
espera.
Não
sabem que a espera significa apenas uma esperança sentada.
Figura
de mulher num quadro antigo dando milho aos pombos.
Cassiano
Ricardo
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