“O
sumo bem só no ideal perdura...
Ah!
Quanta vez a vida nos revela
Que
‘a saudade da amada criatura’
É
bem melhor do que a presença dela...”
Isso
se aplica, sem retoques, ao seu amor, à sua amada, ao seu amado.
A
presença constante do objeto amado é qual passarinho engaiolado, e como o sangue
nas veias, parado...perde o viço, apodrece.
A
realidade, dizia Heráclito de Éfeso, é marcada pelo conflito (pólemos) entre os opostos, como o
fogo (pyr) que queima e
se auto consome, simbolizando tal dinâmica.
Nas
coisas do amor romântico, também alegorizado pelo fogo, dá-se o mesmo -
adjetivação. Dia
e noite, calor e frio, vida e morte, desejo e tédio são opostos que se
complementam.
Tudo
é devir, devindo; vir-a-ser. Dialética (dialectica); destino (fatum).
Certo
mesmo só a incerteza, presença da falta.
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