Um dia, tudo
será memória.
As pessoas
que andam naquela rua, as gentis, as sábias, as más, todas, todas serão
memória, o mendigo que passa sem o cão, o ginasta, a mãe, o bobo, o cético, a
turista, deus, inclusive, regendo o fim das coisas memoráveis, também será
memória.
Deus e os
pardais.
Os grandes
esqueletos do museu britânico e todo sofrimento serão memória.
Eu, sentado aqui,
serei só esses versos que dizem haver um eu sentado aqui.
Não sei quem é o autor, esqueci, mas é um texto bom.
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