sábado, 2 de outubro de 2010

Saramago

Lendo a obra prima Caim de José Saramago fico a imaginar:

Como pode ser?

Que cérebro fantástico tinha este individuo.

Não existem parágrafos na escrita.

Colocações prosaicas que passariam por aleatórias e dispares; são falsas e merece cuidado todo especial na sua leitura, nas suas entrelinhas, questionamentos profundos surgem nas inocentes premissas.

Na pagina 77 temos sobre o sentimento do jumento quanto ao lugar:

“Pena não haver ali alguém que soubesse interpretar os movimentos das orelhas, essa espécie de telegrafo de bandeiras com que a natureza o dotara, sem pensar o afortunado bicho que chegaria o dia em que quereria expressar o inefável, e o inefável, é precisamente o que esta para lá de qualquer possibilidade de expressão”.

Na pagina 88 temos o final do capitulo 6 a seguinte máxima compreensão.

“A historia dos homens é a historia dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós entendem os a ele”.

Provavelmente o jumento sou eu.

Cledemar pereira machado

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