Voltaire em seu livro "Candido" escrito 1758 uma pequena
fabula cujo protagonista recebe o mesmo nome do livro. Trata-se de um jovem
simples e ignorante que sempre pagou muito caro por sua ingenuidade.
Não que fosse deseducado, longe
disso, mestre Pangloss ensinava metafísica teólogo cosmológica à Candido e
mostrava de forma bastante coerente que este é melhor dos mundos possíveis e
que as coisas não podem ser de outra maneira, pois tudo existe com uma
finalidade e as coisas caminham para o melhor dos fins possíveis.
Cito algumas pérolas de mestre
Pangloss em sua metafísica:
"observem bem que os
narizes foram feitos para segurar óculos, de maneira que temos óculos"...
"As pedras foram
formadas para serem talhadas, e para de construírem castelos com elas, de
maneira que o monsenhor tem um belíssimo castelo; o maior barão da província
deve ter a melhor moradia".
Hoje em dia, em nossas salas de aulas,
observamos milhares de mestres tipo Pangloss, que ensinam a submissão a ideias
tolas de forma a acatarmos autoridades perigosamente ignorantes e simplistas.
Os pupilos dos mestres do tipo
Pangloss atuais não são ensinado a duvidar do nosso moderníssimo relicário
metafísico.
O quadro mostra que em 300 anos as
coisas continuam sempre atuais; nossos barões continuam a ter a melhor das
moradias possíveis, sem onerar pecuniariamente seus próprios rendimentos.
Portanto a cerca de 300 anos atrás
Voltaire nos afirma que nossa boa fé, a nossa ingenuidade, a nossa ignorância,
nossa crença e nossa mão de obra constrói a sociedade de forma a manter no
poder nossos atualíssimos senhores feudal.
Cledemar
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